Coreia do Norte
• Regime ditatorial
• 120.538 km²
• Capital: Pyongyang
• 27,4 milhões de habitantes
• PIB: 40 bilhões de dólares
• Expectativa de vida: 69 anos
• Exército: 1,1 milhão de soldados
• 120.538 km²
• Capital: Pyongyang
• 27,4 milhões de habitantes
• PIB: 40 bilhões de dólares
• Expectativa de vida: 69 anos
• Exército: 1,1 milhão de soldados
Coreia do Sul
• Regime democrático
• 99.720 km²
• Capital: Seul
• 48,9 milhões de habitantes
• PIB: 1,62 trilhão de dólares
• Expectativa de vida: 79 anos
• Exército: 686.000 soldados
• 99.720 km²
• Capital: Seul
• 48,9 milhões de habitantes
• PIB: 1,62 trilhão de dólares
• Expectativa de vida: 79 anos
• Exército: 686.000 soldados
Histórico
Coreia do Norte
Soldados norte-coreanos em zona desmilitarizada da fronteira com a Coreia do Sul, em Panmunjom, em 2010 O país ficou sob a influência da União Soviética após a II Guerra. A divisão oficial do território veio em 1948: o norte como comunista e o sul, capitalista. Em 1950, o norte invadiu o sul, sob o argumento de ter a fronteira violada. Queria unificar os dois países sob o regime comunista, ofensiva contida pelas intervenções militares americanas. Em 1953, um acordo estabeleceu uma zona desmilitarizada entre as Coreias. Este pacto de não agressão foi anulado unilateralmente pela Coreia do Norte no início de março, diante da escalada da tensão com a Coreia do Sul – que considera o armistício ainda válido. A então União Soviética continuou ajudando a Coreia do Norte em seu programa nuclear. Em 1985, o governo norte-coreano aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear. Desde então, a ditadura asiática já prometeu interromper o programa nuclear clandestino quatro vezes. Nunca cumpriu o compromisso.Coreia do Sul
Casas destruídas na ilha de Yeonpyeong, Coreia do Sul, após ataque da Coreia do Norte em 2010 O território coreano já foi disputado por chineses, mongóis, japoneses e russos. A região sul se tornou uma zona de influência americana através do mesmo tratado que fez do norte um estado comunista, em 1948. O país foi apoiado pelos Estados Unidos durante a Guerra da Coreia (1950-1953). Em 2000, o presidente Kim Dae Jung receber o Prêmio Nobel da Paz pela sua iniciativa de paz com o norte. A confirmação de que a Coreia do Norte manteve um programa secreto para desenvolver armas nucleares impediu a aproximação. A crise se agravou em 2008, quando o presidente Lee Myung-bak adotou uma postura de endurecimento das sanções econômicas em relação ao Norte. Em 2010, o Sul foi atacado suas vezes pelo Norte. Eleita em 2012, a presidente, Park Geun-hye declarou tolerância zero às provocações de Pyongyang.
Líderes
Coreia do Norte
O ditador norte-coreano Kim Jong-un durante pronunciamento na TV Kim Jong-un assumiu o comando da Coreia do Norte com a morte do pai, Kim Jong-il, em dezembro de 2011. Com Un no poder, a dinastia Kim – iniciada com Kim Il-sung, avô do atual ditador – ultrapassa seis décadas. O jovem Un, que nem fez 30 anos, já em seu primeiro discurso, em abril do ano passado, falou em bomba atômica. “A superioridade na tecnologia militar não é mais monopólio dos imperialistas, e a era dos inimigos que usam bombas atômicas para nos ameaçar e chantagear acabou para sempre”. O herdeiro gorducho (talvez a única pessoa com quilos sobrando na cintura em um país de famintos) virou marechal e mostrou ao mundo sua mulher, a elegante Ri Sol-ju – uma novidade, já que a própria mãe dele passou a vida nos bastidores. Com a mulher, Un fez um passeio intrigante: o casal foi a um espetáculo de música que contou com personagens como Mickey Mouse, Branca de Neve, Ursinho Puff. No início de março, quando a tensão entre as Coreias já estava em rumo ascendente, Un apareceu sorridente ao lado do ex-astro da NBA Dennis Rodman, em uma apresentação de basquete. A imagem é um ponto importante do regime do herdeiro da dinastia, que promove uma guerra de imagens, ao tentar intimidar os inimigos com fotos no estilo do realismo socialista dos anos 30 e vídeos com efeitos especiais toscos.Coreia do Sul
A nova presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye acena ao público durante sua posse em Seoul, 25 de fevereiro, 2013 Park Geun-hye foi eleita presidente em dezembro do ano passado e tomou posse em fevereiro, com um discurso de tolerância zero a provocações da Coreia do Norte. Primeira mulher a comandar o país, ela é filha do ditador Park Chung-Hee, que ficou no poder durante 18 anos, até seu assassinato em 1979. A nova presidente assumiu o poder pouco mais de 50 anos após seu pai, um veemente anticomunista, tomar o poder em um golpe militar. Sua posse ocorreu menos de duas semanas depois de a Coreia do Norte realizar o terceiro teste nuclear de sua história. "O recente teste nuclear é um desafio para a sobrevivência e para o futuro do povo coreano, e não deve haver nenhuma dúvida de que a maior vítima será a própria Coreia do Norte. Não tolerarei nenhuma ação que ameace as vidas de nosso povo e a segurança de nossa nação”, disse Geun-hye, na ocasião.
Política
Coreia do Norte
Norte-coreanas utilizam celular em Pyongyang É o país mais fechado do mundo, econômica e politicamente. Os norte-coreanos não podem ler jornais, revistas, ou livros estrangeiros. Recentemente, foi anunciado que um serviço de internet móvel seria disponibilizado no país, mas só para estrangeiros. Jornalistas apenas podem entrar no país com a autorização do governo, que é praticamente impossível de conseguir. O país também figura em terceiro lugar na lista de 2012 dos governos mais corruptos do mundo, segundo a organização Transparência Internacional. Em mais de 65 anos de dinastia Kim, as facções internas foram eliminadas, rivais foram submetidos a campos de trabalhos forçados e milhões tornaram-se subnutridos e famintos. Há ainda as violações aos direitos humanos. Documento recente elaborado por um relator especial da ONU aponta casos de tortura, escravidão, desaparecimentos forçados e assassinatos. Muitos atos podem constituir crimes contra a humanidade.Coreia do Sul
Sul-coreanos votam em eleição presidencial O país tem um sistema democrático, conquistado após anos de instabilidade política. Quando foi classificada como Coreia do Sul, a região passou a ter como liderança o nacionalista Syngman Rhee, que permaneceu no poder até 1960. Seu sucessor, Chang Myon, foi deposto em 1961, e o general Park Chung Hee assumiu o comando do país sob suspeitas de ter fraudado a eleição. Em 1972, Park Chung Hee liderou um golpe de Estado e instaurou no país uma ditadura militar. Sete anos depois, ele foi assassinado. O general Chun Doo-Hwan liderou outro golpe militar, que durou até 1987, quando a pressão popular tornou as eleições diretas inevitáveis. O primeiro presidente civil do país depois de 30 anos, foi o candidato governista Roh Tae Woo, eleito em 1992.
Pouco mais de 50 anos após Park Chung Hee tomar o poder, sua filha Park Geun-hye tornou-se a primeira mulher a assumir a Presidência da Coreia do Sul. Eleita em dezembro de 2012, ela tomou posse em fevereiro. Durante a campanha, pressionada pela opinião pública, a candidata do partido conservador governista chegou a pedir perdão às vítimas da repressão do regime de seu pai. Já no comando do país, a presidente aprovou um decreto que multa quem vestir minissaia ou outros tipos de roupas que deixem o corpo muito exposto. A medida foi comparada com restrições impostas nas décadas de 1960 e 1970, durante o governo de Park Chung-hee. Na época, as saias que terminavam 20 centímetros ou mais acima do joelho eram proibidas na Coreia do Sul.
Economia
Coreia do Norte
País prioriza gastos militares, em detrimento do investimento na população A Coreia do Norte é uma das economias mais centralizadas e fechadas do mundo - e enfrenta problemas crônicos. Grande parte do orçamento do governo é destinado a despesas militares, restando pouco para investir na população. O complexo militar gasta o equivalente a 40% do PIB. A produção industrial e de energia está estagnada, e a escassez de alimentos é crescente, devido principalmente à falta de terras cultiváveis, à coletivização das terras, e à escassez de veículos e combustível. A ajuda internacional permite que a Coreia do Norte escape da fome generalizada, mas a população continua a sofrer de subnutrição prolongada e más condições de vida – milhões já morreram de fome no país desde meados dos anos 1990. Se a economia norte-coreana chegou a equivaler à da vizinha do sul na década de 1970, agora não passa de 5% da calculada na Coreia do Sul.Coreia do Sul
Trem-bala em estação de Seul Ao longo das últimas quatro décadas, a Coreia do Sul demonstrou seu potencial em se tornar um país moderno e industrializado, tendo como base de sua economia a exportação de bens manufaturados e de alta tecnologia. Se na década de 1960 o PIB per capita da Coreia do Sul era comparável com os níveis das nações mais pobres da África e da Ásia, hoje o país já é uma das 20 maiores economias do mundo. Entre 1980 e 1993, seu PIB cresceu em média 9,1% ao ano - uma das taxas mais altas. Em 1997 e 1998, o país sofreu o impacto da crise financeira mundial, mas se manteve como um importante exportador de produtos eletrônicos, peças para computador e automóveis. Seul adotou uma série de reformas econômicas, incluindo uma maior abertura ao investimento estrangeiro. Em 2008, com a nova crise, o crescimento do PIB voltou a desacelerar, mas no ano seguinte o país já registrou aumento das exportações. A nova presidente deve ter como desafios na área econômica equilibrar a forte dependência das exportações com o desenvolvimento de setores internos - como o de serviços - e lidar com uma população em rápido envelhecimento.
Ameaça nuclear
Coreia do Norte
Imagem de satélite mostra base militar de Punggye-ri, onde teste nuclear foi realizado, segundo a Coreia do Norte A Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear em julho de 2006, que foi seguido de novas sanções econômicas ao país por decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O segundo teste foi anunciado em maio de 2009, já no governo Barack Obama. Mais uma vez, a ação foi seguida de um pacote de sanções aprovado pela ONU. Em 12 de fevereiro de 2013 o regime de Kim Jong-un anunciou o terceiro teste nuclear da história do país. Três semanas depois, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade uma resolução impondo mais sanções ao país. A partir daí, o governo de Kim Jong-un deu início a uma série de ameaças contra os americanos e a Coreia do Sul, prometeu expandir seu programa nuclear e reativar instalações atômicas que estariam fechadas desde 2007. Especialistas americanos ponderam, no entanto, que a Coreia do Norte não teria como atingir o território continental americano.Coreia do Sul
Reunião de representantes dos países que compõem o Grupo dos Seis Assim como os Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas, a Coreia do Sul condena o uso de armas nucleares. Em 2000, tentou uma reaproximação com o governo do norte, que não deu resultados. Pyongyang defende que seja colocado em prática o acordo assinado pela Coreia do Norte em 2007 com o Grupo dos Seis (EUA, China, Rússia, Japão e as duas Coreias) para desativação das instalações nucleares do país. A nova presidente sul-coreana, Park Geun-hye, declarou que o mais recente teste nuclear realizado pelo norte “é um desafio para a sobrevivência e para o futuro do povo coreano”.
Apoio externo
Coreia do Norte
O ex-presidente da China, Hu Jintao (dir) brinda com Kim Jong-il, durante encontro em Pequim O país quase não mantém relações exteriores, apesar de receber ajuda financeira e humanitária. Nos últimos anos, a ONU exigiu que Pyongyang prossiga com as negociações diplomáticas com a Coreia do Sul, Japão, EUA, Rússia e China, mas a insistência norte-coreana em manter seu programa nuclear impossibilitou qualquer tentativa de acordo. No último mês, diante das ameaças de guerra de Kim Jong-un contra Coreia do Sul e Estados Unidos, a Rússia se afastou de seu tradicional aliado e afirmou que as iniciativas de Pyongyang no âmbito nuclear bloqueiam de fato uma retomada das negociações multilaterais. Já a China chamou as partes envolvidas na crise a terem calma e moderação, e disse que decisões provocativas devem ser evitadas. O país recebeu apelos de vários países para tentar apaziguar a situação.Coreia do Sul
O ex-presidente da Coreia do Sul Lee Myung-bak abraça a ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton É apoiada principalmente pelos Estados Unidos, desde o término da Guerra Fria, e também pela França. A Coreia do Sul mantém boas relações com a Organização das Nações Unidas, e com instituições econômicas poderosas como o Banco Mundial, a Cooperação Econômica Ásia Pacífico, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização Mundial do Comércio.
Bem que poderiam resolver isso tudo, tomando um bom mate, ou quem sabe numa partida de futebol. kkkk.Abs
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