Professora Adriane Damian e Vagner Tusi. |
Com a obra, Vagner buscou apresentar as principais considerações referente ao crime de tráfico de pessoas. Para tanto, expõe desde conceitos legais até as consequências sociais do delito. Além do aspecto jurídico, o trabalho aponta a necessidade de engajamento social para o combate efetivo do tráfico humano. Estão elencadas todas as vertentes do tráfico de pessoas trançando-se um paralelo entre a legislação nacional e internacional. Assim, aprimoram-se perspectivas nos ramos do direito penal, internacional, público e constitucional.
Além da pesquisa bibliográfica, o aluno encaminhou, através da coordenação do curso, ofícios para órgãos como Polícia Federal e Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de buscar dados sobre a ocorrência. “A pesquisa traz duas características bem definidas: uma a parte da legislação do tráfico de pessoas e a outra, a ocorrência do crime no Brasil e Rio Grande do Sul”, conta ele.
E o assunto, está no horário nobre da televisão, sendo retratado na novela Salve Jorge. Contudo, o que está sendo mais abordado na televisão é a exploração sexual, quando na verdade, o tráfico de pessoas tem mais dois variantes, o trabalho escravo e a remoção de órgãos, explicou o autor.
Durante o trabalho, o que chamou a atenção foi a existência de crimes próximos a nós, ressaltou ele. Existem ocorrências em Passo Fundo e Uruguaiana, por exemplo. A professora Adriane Damian Pereira, orientadora do aluno durante o TCC, disse que é realmente um assunto inédito para o curso. “É um tema trabalhado em sala de aula, nos crimes especiais, mas que dificilmente é aprofundado, pois muitos alunos acham que só acontecem casos mais longe”, diz.
Vagner também confeccionou fôlderes informativos, trazendo até a população informações sobre o tráfico de pessoas, sendo que os mesmos foram colocados nas repartições públicas e na própria Universidade. O livro está a venda. Também, será lançado oficialmente e divulgado na URI, bem como, em demais instituições da região.
“Comecei ter noção do que as redes criminosas são capazes e isso choca, porque é um crime que está relacionado com pessoas, que são transformadas em objetos”, finalizou.
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